2007-11-30

Em uma entrevista, alguns sinais não-verbais são mais fortes do que as palavras

Aqui vai a última transcrição de um podcast do Mr. Max, pra CBN, sobre entrevistas de emprego. Tem outros áudios lá, muitos na verdade, mas eu é que não vou ficar transcrevendo todos =P

Em uma entrevista, alguns sinais não-verbais são mais fortes do que as palavras
Max Gehringer, podcast em 18/10/2007

"O meu nome é Lilian. Eu participei de uma entrevista e não fui contratada, porque, segundo o entrevistador, eu não mostrei segurança ao responder às perguntas dele. Eu fiquei surpresa ao ouvir isso, e ele tentou me explicar que a minha voz dizia uma coisa, mas a minha postura corporal mostrava o contrário. E eu pergunto: isso é algum novo modismo, na área de recursos humanos?"

Não, Lilian, isso é psicologia, e atende pelo nome de comunicação não verbal. É uma técnica que já vem sendo usada pelos entrevistadores há pelo menos 40 anos. E você pode se considerar uma exceção, Lilian, porque o entrevistador lhe revelou o motivo da sua não contratação, coisa que a maioria dos entrevistadores não faz. Olhando pelo lado positivo, você ficou sabendo que seus gestos estão desmentindo as suas palavras, algo que você poderá corrigir nas próximas entrevistas.

A lista de sinais não verbais é longa, mas aqui vão alguns exemplos. Se você cruza os braços enquanto alguém está falando, é sinal de desinteresse. Se você coloca a mão em frente à boca quando fala, é sintoma de incerteza. Se você se senta na beira da cadeira, e inclina o corpo para a frente, é disposição para entrar em ação. Se você fica olhando para o teto, o chão ou as paredes, você mostra insegurança.

Existe um estudo, publicado há 36 anos, pelo professor e psicólogo Albert Mehrabian, que diz o seguinte: quando nós falamos, a linguagem corporal responde por 55% da mensagem, o tom de voz por 38%, e as palavras que usamos, por apenas 7%. Esses números podem variar, Lilian, mas uma entrevista não é só o que você diz, é também como você diz, e é o que seu corpo está dizendo. É assim como declamar um poema: qualquer pessoa é capaz de decorar uma poesia, mas são poucas as que conseguem interpretá-la com sinceridade, com o gestual apropriado e com emoção, como se elas mesmas tivessem escrito aqueles versos.

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Eu sou fã do Max Gehringer desde os bons tempos em que ele escrevia na Você S/A (hoje em dia ele não escreve mais nesta revista).

Essa série de posts foi também uma homenagem às histórias da Cafeína e da Nicotina, e suas aventuras em busca de um emprego.

Os textos anteriores do Max aqui no blog:

3 comentários:

Unknown disse...

incrível essa nossa luta né?? rs...obrigada pela homenagem, citação pra ti lá no Bebendo, pega a bomba! rs
bjo

Bem Casada disse...

Ah, se eu soubesse disso na época que ainda corria atrás de emprego...
Gostei do toque, vou levar em consideração essa coisa de falar com o corpo.
Na verdade, passei aqui pra te dar uma notícia, mas acho que, pela sustância e seriedade do seu blog, eu me constrangi um pouco. =O

Acho que vc não ia querer colocar um Meme aqui, apesar de ter feito por merecer (segundo as regras democráticas que acabei de instituir no meu blog). Eu entendo quando esbarro num "nada a ver" :S.De todo modo, vale como referência, e vou deixar o link lá.

Se quiser dar uma passadinha, pra entender, pelo menos, esse papo de doido, fica à vontade!=D

Bjs!

Anônimo disse...

Adorei, fiz 3 entrevistas e estou aguardando o resultado , acho não fui muito bem :/ mas na próxima seguirei as dicas ;)