2008-10-10

Como a crise financeira mundial vai afetar nossos empregos? - by Max Gehringer

Transcrição dos comentários do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/10/2008, sobre o momento atual, de crise financeira mundial e a sua relação com os empregos e a economia.

O áudio original se encontra no site da CBN (neste link).

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Como a crise financeira mundial vai afetar nossos empregos?

Uma consulta bem ao sabor do momento. Uma preocupada ouvinte pergunta: "Como a crise financeira mundial irá afetar nossos empregos?"

Resposta: ninguém sabe. A economia é uma ciência que sempre se deu melhor explicando o passado do que prevendo o futuro.


É mais ou menos como a história do Titanic: quando a empresa que construiu o navio apregoou que ele era inafundável, não surgiu uma única voz para discordar. Quando o Titanic foi ao fundo, logo em sua primeira viagem, surgirem especialistas, de todos os lados, para explicar as causas do afundamento. Apesar da perda de mais de 1500 vidas no naufrágio, a tragédia resultou em navios mais seguros e mais confiáveis.

E a mesma coisa irá acontecer com a economia. A diferença é que a economia mundial está fazendo água, mas não vai afundar. O meu colega de CBN, o Mauro Halfeld, em seus comentários diários, recomendou a vários aplicadores ansiosos por lucros fáceis e rápidos na bolsa de valores, que tivessem cautela. E não colocassem todos os ovos numa única cesta.

E até eu, que entendo medianamente de economia, respondi, há 5 meses, em maio, para um ouvinte que queria largar o emprego e se arriscar na bolsa, que não se podia projetar o futuro tomando por base um momento de euforia. Da mesma forma, não se deve agora, tentar prever o futuro tomando por base um momento de pânico.


A estabilidade econômica mundial depende da estabilização dos Estados Unidos. Se ela vier lentamente, as vendas irão diminuir e empresas do mundo inteiro, incluindo as brasileiras, terão que fazer cortes de pessoal para se ajustar à nova situação. Por isso, uma dica prática, que eu daria nesse momento de apreensão, é: não mude de emprego.

Quando ocorrem demissões para reduzir despesas, os empregados mais recentes são os primeiros da fila de dispensados, porque o custo para demiti-los é mais baixo. Mesmo que você tenha motivos para mudar, seja paciente e aguarde até a tormenta passar. Depois da tempestade, vem a realidade, quando as coisas talvez não fiquem melhores, mas ficarão mais claras.

Max Gehringer, para CBN.


2 comentários:

Perdido disse...

eu trabalho pro governo lá lá lá!

Andarilho disse...

É por isso que vc tem tanto tempo pra blogar, né? Huahuahuahua