2008-11-13

Gestores de empresas desconhecem a real extensão da crise - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/11/2008, sobre como os gestores de algumas empresas estão lidando com a crise, como os antigos médicos gregos faziam: cortando pedaços.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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Gestores de empresas desconhecem a real extensão da crise

doutor
"Em minha empresa", escreve uma ouvinte, "a crise agora virou desculpa para tudo. Promoções, contratações e salários estão congelados por causa da crise. Projetos novos, ou em andamento, foram suspensos por causa da crise. Qualquer pergunta que a gente faça, a resposta é sempre a mesma: não dá para conversar agora, vamos esperar o fim da crise. O problema é que ninguém ainda explicou como a crise está afetando a nossa empresa. "

Bem, vamos começar entendendo a palavra crise. Ela veio do grego e significava decisão. Naquela época, os médicos não dispunham da tecnologia que temos hoje para acertar nos diagnósticos. Era mais na base do olhômetro e do chutômetro.

Mas, quando o estado do doente se tornava altamente preocupante, o médico se via obrigado a tomar uma decisão. Ou não fazer nada ou fazer alguma coisa. E normalmente, para depois não ser acusado de omissão, o médico decidia cortar algum pedaço do doente.

Atualmente os gestores de empresas estão diante de uma situação semelhante. Eles desconhecem a real extensão da epidemia. Não sabem se e quando ela vai regredir ou se ela vai se espalhar. O melhor remédio para uma empresa se manter saudável, chama dinheiro. E há três maneiras de uma empresa conseguir os recursos que necessita.

A primeira é pedir emprestado. Mas anteontem, o senhor Fábio Barbosa, presidente da Federação Brasileira de Bancos, deixou claro que o crédito encurtou. E vai continuar curto. A segunda maneira é aumentar o faturamento. Mas as vendas de automóveis, um dos principais indicadores usados para medir o humor e a disposição do consumidor, caíram 12% em outubro.

Então, se não dá para conseguir dinheiro de fora, é preciso conseguir de dentro. E aí, resta apenas a terceira alternativa, que é gastar menos. Essa decisão crítica está sendo tomada por muitas empresas. Como a de nossa ouvinte, que da mesma maneira que os médicos gregos a tomavam: cortando preventivamente o que der pra cortar.

A essa altura, eu acredito que muito gestor de empresa esteja se sentindo na pele de um médico, que precisa fazer uma delicada intervenção cirúrgica. Só que no escuro.

Max Gehringer, para CBN.


5 comentários:

Anônimo disse...

Cara sei que aqui não é o lugar exato pra isso, mais sei que vc trabalha com ensemble, eu to atualmente pensando em "LARGAR" java pra trabalhar com ensemble recebi uma proposta mais ainda nao sei nada de grana. Pode ajudar a melhorar o meu futuro? VLWWWWWWWW!!

Andarilho disse...

Cara, se eu pudesse melhorar o futuro de alguém, certamente eu melhoraria o meu. ;)

Se vc recebeu uma boa proposta pra trabalhar com Ensemble, aceite se for muuuito boa. Mas tenha em mente que o mercado como especialista em Ensemble é muito mais restrito. Por isso, quando acabar um projeto, pode não surgir outro imediatamente.

Claro que isso não te impede de sempre ir acompanhando a comunidade Java, e ir se atualizando. É o melhor caminho: trabalhe com o Ensemble, o que é um diferencial, mas mantenha um skill em Java, que pode vir a ser útil em outros trabalhos.

Anônimo disse...

Ahhhhhhh vlw pela dica!! Vou na entrevista amanhã mais motivado, eu tenho medo dessas tecnologias que são pouco utilizadas, algumas até pagam bem, outras nem sei. Mais Brigadao velho!!!!!!!!!

Ana P. disse...

SABIA QUE VC TINHA ALGUM PARENTESCO COM O GHERINGER!!! Tá já dando conselhos profissionais, olha aí!!!

ahuahuahuhauahuhauhauhuahuahuahuahuahua!!!

Brincadeiras à parte, comentário do post: enquanto não estiverem cortando cabeças, as pessoas têm mais é que agradecer e ficar de boa!

Andarilho disse...

A diferença entre eu e o Max é que eu não ganho nada pra dar conselhos, hauhauhauhau.