2009-05-08

Candidatos têm dois perfis: o profissional e o pessoal - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 08/05/2009, sobre as diferenças entre o perfil profissional e o perfil pessoal de um candidato a emprego, e como esses perfis são avaliados pelas empresas.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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Candidatos têm dois perfis: o profissional e o pessoal

máscaras personagens
"É o seguinte", escreve um ouvinte. "Participei de um processo de seleção e recebi um e-mail da empresa, dizendo que fui bem, mas que não fui o escolhido porque outro candidato mostrou um perfil mais adequado. Fiquei com duas dúvidas: a primeira é se fui realmente bem; e a segunda é o que haveria de errado com meu perfil?"

Vamos lá. Existem dois perfis. O primeiro é o perfil profissional, aquele que uma pessoa coloca no currículo. Quando um candidato a emprego é convocado para uma entrevista, isso significa que o perfil profissional dele se encaixou naquilo que a empresa deseja, em termos de escolaridade e de experiência.

As entrevistas servem para avaliar o segundo perfil, que é o perfil pessoal e que normalmente não aparece no currículo. Digo normalmente, porque há pessoas que inserem no currículo parte de seu perfil pessoal, ao mencionar, por exemplo, coisas assim: "gosto de praticar esportes e meu hobby é a leitura".

É claro que quando falamos em um candidato, o perfil dele é sempre individual. Mas quando falamos em empresas, o perfil é sempre coletivo, isto é, a empresa define uma série de características básicas, que ela gostaria de ver em todos os seus funcionários.

Essa lista de atributos pessoais varia muito de empresa para empresa. Existem empresas mais conservadoras e empresas mais liberais; mais agressivas ou mais moderadas; que dão valor a quem trabalha em equipe ou que fomentam uma feroz competição individual entre seus funcionários.

Portanto, respondendo às duas perguntas, nosso ouvinte de fato foi bem na entrevista e não há nada de errado com o perfil dele. Simplesmente, ele demonstrou ter um perfil que seria bem-vindo em várias empresas, mas não naquela em que ele fez a entrevista.

Uma dica: não adianta um candidato querer mostrar em uma entrevista, que ele é ou pode vir a ser o que ele, na verdade, não é. Recebo muitas mensagens de ouvintes que se desiludiram com a empresa imediatamente após serem contratados. Via de regra, isso quer dizer que a pessoa representou um personagem na entrevista, mostrando um perfil que ela não tinha, para conseguir o emprego.

É sempre bom lembrar que a entrevista é só um passo, a verdadeira estrada vem depois, no dia a dia da empresa.

Quando o nosso ouvinte recebeu a notícia de que o perfil dele não servia, isso foi uma boa notícia. Ele escapou de entrar em uma empresa que não servia para ele.

Max Gehringer, para CBN.

Um comentário:

Ana P. disse...

Eu senti esse final tão... Paulo Coelho, HAUHAUHAUHAUHUHAUHAUHAUHAUHAUA!!!!

Tipo, auto-ajuda e positivismo demais pro meu gosto.