2009-07-23

A importância da religiosidade nas empresas - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/07/2009, sobre a religiosidade nas empresas, e como um funcionário se relaciona com isso.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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A importância da religiosidade nas empresas

símbolos religiosos
"Qual é a importância da religiosidade em uma empresa?", pergunta um ouvinte, sem entrar em detalhes.

Essa é uma questão bastante sensível, e vamos começar pela maneira como as empresas encaram esse tema.

Existem empresas que incentivam a religiosidade em si, porém sem ligá-la a uma religião. Essas empresas oferecem aos funcionários um local para meditação. Quem é religioso, aproveita o local, e quem não é, também pode aproveitá-lo. Pessoas de crenças diferentes podem usar o local ao mesmo tempo, com uma respeitando a privacidade da outra.

O segundo tipo é composto por empresas em que os principais dirigentes pertencem a uma determinada crença, e dão preferência na contratação, a quem professa a mesma crença. Ao compartilhar esse sentimento comunitário, os empregados se sentem mais unidos e mais amparados.

E o terceiro tipo é o das empresas nas quais não existe qualquer demonstração explícita de religiosidade. Não que haja discriminação ou proibição. Simplesmente a cultura da empresa não oferece espaço para manifestações individuais de caráter religioso. Esse é o caso da grande maioria das empresas brasileiras.

Qual dos três tipos seria o mais recomendável?

Para uma empresa, qualquer um dos três. Já para um funcionário, não é bem assim.

Se aquilo em que ele acredita não bater com aquilo que a empresa pratica, ele poderá ser isolado. Não será perseguido ou demitido, mas poderá vir a ter menos chances de carreira, porque um dos fatores levados em conta numa promoção, é a aceitação do promovido pelos subordinados, tanto profissional quanto pessoalmente.

Esse isolamento poderá afetar quem encontrou em uma religião, conforto e direção para a vida, e tenta influenciar os colegas de trabalho, durante o expediente, a trilhar o mesmo caminho. Mas também pode afetar quem trabalha em um ambiente no qual impera a religiosidade, e não deseja se envolver ou ser envolvido.

Por isso, quando uma visão pessoal se choca com uma cultura, um profissional tem duas opções: mudar a visão ou mudar de empresa. Porque, ao assinar o contrato de trabalho, ele se comprometeu a respeitar os procedimentos, escritos ou não, da empresa que o contratou.

Em resumo, em empresas, toda demonstração de religiosidade é positiva, desde que provoque entendimentos e não conflitos.

Max Gehringer, para CBN.

2 comentários:

Ana P. disse...

A minha empresa, em termos de generalização, não tem nenhum tipo de definição blá blá blá.

Em compensação, minha empresa se divide em agências por todo o Brasil. Logo, cada agência tem um gerente diferente, que coloca em sua agência a visão que bem entende.

Atualmente, eu trabalho com uma gerente religiosa. Não sei exatamente de qual igreja, mas ela é evangélica... olha, te digo uma coisa. Minha vida MUDOU, e não foi pra melhor.

Andarilho disse...

Eu não tenho medo do inferno, tenho medo dos seguidores de deus.