2009-11-09

Festas de fim de ano na empresa: para o bem da carreira é melhor representar - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 09/11/2009, com uma dica para as festas de fim de ano na empresa: vá, mesmo que não queira.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Festas de fim de ano na empresa: para o bem da carreira é melhor representar

the office festa fim de ano natal
Como acontece todos os anos, já comecei a receber mensagens de ouvintes que não querem participar da festa de fim de ano das empresas em que trabalham. A diferença para os anos anteriores é que este ano, os convites começaram a chegar mais cedo. Provavelmente, para que ninguém tenha tempo de inventar uma boa desculpa para não ir.

Prova disso é a primeira frase do convite que um ouvinte recebeu. "Não marque nada para o dia 18 de dezembro." Certamente a frase foi escrita para soar amigável, mas o nosso ouvinte a interpretou como uma ameaça.

Mas vamos ao ponto. Quem não quer participar, precisa participar? E o que acontece com quem resolver dar o cano?

Bom, existem pessoas que não gostam, não vão e não estão nem aí. Podem até perder o emprego, mas não perderão a autenticidade. Mas essas pessoas não me escreveriam perguntando se precisam temer alguma represália. Quem escreve, é porque teme.

A minha sugestão é simples: . Quem faltar terá que dar duas explicações. Primeiro, por que não vai. E segundo, por que não foi. Mesmo tendo explicado antes por que não iria.

A verdade é que não existem boas explicações para não ir. Mas eu diria mais: quem não gosta dessa festa, deve fazer um esforço para mostrar que gosta. Que faz parte do time. E isso começa uma semana antes da festa. A pessoa deve caprichar no sorriso e dizer coisas como "Oba, faltam só 3 dias!", em alto e bom som.

No grande dia, a pessoa não deve se esconder. Deve circular e cumprimentar aquelas três ou quatro entidades que realmente importam: o chefe, o chefe dele e o chefe do chefe dele.

Cumprida essa etapa, a pessoa pode colocar as costas contra a parede e ir se esgueirando na direção da porta de saída. Ao chegar nela, deve caminhar para trás e se mandar.

O tempo total da tortura não irá ultrapassar meia hora. E no dia útil seguinte, a pessoa deve comentar que a festa foi maravilhosa.

Tudo isso soa falso? Soa. Mas inventar uma desculpa seria tão falso quanto.

Qualquer pessoa que não gosta de festa, ou não gosta da festa da empresa, pode suportar essa pequena representação teatral. É uma por ano. E o resultado será uma repaginada positiva na imagem.

Então, como é para o bem da carreira e felicidade geral do ambiente de trabalho, paciência, coragem, cara de felicidade e boa festa.

Max Gehringer, para CBN.

2 comentários:

CintiaYamane disse...

eu faço parte das "pessoas que não gostam, não vão e não estão nem aí"...

Andarilho disse...

Eu vou, se for de graça e tiver coisa boa.