2010-02-28

Filme: Idas e Vindas do Amor

Semana passada eu fui aos cinemas assistir Idas e Vindas do Amor (ou Valentine's Day, no original, o "dia dos namorados" do resto do mundo, comemorado em 14 de fevereiro). Como não poderia deixar de ser, é uma comédia romântica. Que infelizmente se perde no caminho.

filme idas e vindas do amor poster cartaz
Idas e Vindas do Amor tem o mesmo estilo de filmes como Simplesmente Amor ou mais recentemente, Ele Não Está Tão a Fim de Você, em que vários personagens, com vários arcos de histórias, acabam se cruzando no decorrer do filme. Ou, neste caso em específico, no decorrer do dia 14 de fevereiro, o dia de São Valentim.

O filme tem um elenco enorme e estrelar, que incluem a eterna pretty woman Julia Roberts, Jessica Alba (a mulher mais linda do mundo, na minha opinião), Anne Hathaway, Jamie Foxx, o esposo da Demi Moore e twitteiro de plantão, Ashton Kutcher, entre muitos outros.

filme idas e vindas do amor jessica alba ashton kutcher
Essa constelação acaba sendo um dos problemas do filme: a quantidade de personagens enorme, não deixa espaço pra um desenvolvimento interessante da história de quase nenhum deles. Não dá nem pra avaliar direito a atuação dos atores/atrizes, pois cada um fica pouquíssimo tempo na tela. Eu, que esperava ver muito mais da minha musa Jessica Alba, mal tive um gostinho.

filme idas e vindas do amor jamie foxx jessica biel
O grande problema do filme é mesmo o roteiro. Tentando talvez mostrar todas as facetas do que chamamos amor, o filme mostra os mais variados personagens/casais, passando por clássicos e clichês. Temos o personagem infantil, um garotinho com o seu primeiro amor, os avós deste garoto, representando a ala "terceira idade", temos o casal adolescente lidando com a questão da primeira vez, temos as pessoas que traem e que são traídas, etc. Tem de tudo no filme.

filme idas e vindas do amor jennifer garner
E tirando as trajetórias dos personagens de Julia Roberts e Bradley Cooper, que se encontram num avião a caminho de Los Angeles para passar o valentine's day, que rende uma bela surpresa, todos os outros arcos são bem previsíveis e cheios de clichês. No campo comédia, o filme rende algumas boas risadas aqui e ali, mas nada memorável.

filme idas e vindas do amor anne hathaway topher grace
Concluindo, Idas e Vindas do Amor é um filme que aproveita muito mal o elenco estrelar, e que no campo das comédias românticas, entrega muito pouco: apenas mais um filme com alta dose de açúcar, sem um charme especial. Uma pena, pois gosto de comédias românticas, e adoro mais ainda filmes com diversos arcos que acabam se cruzando. Na ânsia de querer agradar e retratar todo mundo, Idas e Vindas do Amor acaba entregando muito pouco pra todo mundo.

Trailer:



Para saber mais: crítica no Omelete.

Filme: Simplesmente Complicado

Hoje fui no cinema e vi o filme Simplesmente Complicado (ou It's Complicated, no original). Eu gosto de comédias românticas, o gênero deste filme, e até gostei dele. Mas, definitivamente, não entra em minha lista de preferidos.

filme simplesmente complicado poster cartaz
Eu classificaria Simplesmente Complicado de comédia romântica pra "terceira idade", assim como fiz com Tinha Que Ser Você. Mas, ao contrário deste último, que acaba focando mais no lado masculino, Simplesmente Complicado é definitivamente um filme "mulherzinha". Ou mulherona. A grande estrela do filme e protagonista é Jane, interpretada por Meryl Streep, que aparentemente não se cansa de entregar excelentes atuações (e concorrendo ao Oscar desse ano com Julie & Julia).

filme simplesmente complicado meryl streep alec baldwin banheira
A história do filme não é tão complicada assim: Jane se divorciou de Jake (Alec Baldwin) há 10 anos, quando foi trocada pela amante bem mais jovem, com quem Jake acaba se casando. Na formatura de um dos três filhos, Jane e Jake, depois de algumas bebidas no bar, acabam dormindo juntos. E daí, para o caso, é um pulo. E acrescente à complicação, Adam, (Steve Martin, muito comedido), arquiteto de Jane que começa um "rolo" com ela.

O filme tem boas atuações, inclusive dos coadjuvantes. Destaque para John Krasinski (o Jim da série The Office), como o noivo de uma das filhas de Jane, e que acaba descobrindo o affair dela com o ex-marido.

filme simplesmente complicado mery streep john krasinski
Se Simplesmente Complicado tem um mérito, é o de ser uma boa comédia. Mesmo quem não se identifica com as personagens principais vai dar boas risadas. O que eu considero essencial numa comédia romântica. Mesmo que algumas das melhores piadas já sejam entregues no trailer, o filme ainda revela boas surpresas.

Apesar de muito divertido, não é um filme que vai ficar marcado na minha memória. Talvez pelo fato de eu não ser exatamente o seu público alvo (e não se enganem, a diretora Nancy Meyers busca um público alvo, mesmo que acabe acertando em outras audiências), que é formado principalmente por mulheres mais maduras e nível social/econômico mais elevado (a.k.a. nos USA, por mulheres brancas, ricas e não jovens, pra usar um eufemismo básico).

filme simplesmente complicado meryl streep steve martin jantar
Em suma, Simplesmente Complicado é uma boa pedida pra quem gosta de comédias românticas. Mesmo que o romance das telas não encontre em você, um eco. Afinal, talvez você não seja tão complicado assim.

Trailer:



Para saber mais: crítica no Omelete.

2010-02-27

Guarda-chuva pra cachorro

Literalmente.

guarda-chuva,cachorro

Enquanto pesquisava uma imagem pro post do Max Gehringer, da palavra guarda-chuva, me deparei com uma simpática imagem do guarda-chuva pra cães, no EuQueru.net.

É um produto de verdade, e se você quiser comprar um pra passear com seu cãozinho mesmo nos dias de chuva, basta ir na Amazon.

Voltando, mas aos poucos

Antes de mais nada, a todos que comentaram por aqui, meus agradecimentos.

O fato é que eu ainda não estou 100%, e ainda preciso poupar meus dedos e tendões e nervos do teclado. Por isso, não farei tantas atualizações como antes (eram em média, mais de dois posts por dia).

Pra quem sentiu saudade das transcrições do Max Gehringer, a dona Secretária Executiva anda fazendo esse papel, de transcrever os comentários do Max na CBN. Então, deem uma passadinha no blog dela para conferir.

Enquanto ela continuar fazendo o bom trabalho, não transcreverei os comentários, afinal, ficar duplicando conteúdo na internet é mais do que desnecessário. Como podem ver, só postei abaixo os comentários que no período, ela não postou.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: candidato - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 18/02/2010, sobre a palavra candidato.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: candidato

roupas brancas
A palavra de hoje é candidato. Em latim, candidatus significava vestido de branco, já que os postulantes a um cargo público usavam togas inteiramente alvas, que denotavam a sua franqueza e sinceridade.

Outras palavras da mesma fonte como cândido, candura e candor, também passam essa imagem de honestidade imaculada.

Em entrevistas de emprego, o entrevistador espera que o candidato diga a verdade, e somente a verdade. Já o candidato espera que o entrevistador seja totalmente franco em relações às coisas que a empresa não tem de tão bom.

Pensando no velho e bom latim, talvez seja por isso que a maioria dos entrevistadores, assim como a maioria dos candidatos, prefere usar roupa escura nas entrevistas.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: guarda-chuva - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 17/02/2010, sobre a palavra guarda-chuva.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: guarda-chuva

guarda-chuva
A palavra de hoje é guarda-chuva. Ela é um pequeno consolo para quem reclama que trabalha numa empresa meio lenta para perceber as coisas.

A nossa palavra guarda-chuva foi traduzida literalmente do francês parapluie. Mas há, ainda, quem chame o guarda-chuva de sombrinha. Essa é também a origem do inglês umbrella, diminutivo do latim umbra, sombra.

Durante milênios, a humanidade usou a armação de madeira e pano para se proteger do sol. Apenas no século 18, alguém finalmente sacou que ela poderia também ser uma boa proteção contra a chuva, desde que as suas abas fossem viradas para baixo, para poder escoar a água.

Essa atenção a detalhes, que vai além do óbvio, é o que chamamos nas empresas de criatividade: olhar para algo que todo mundo está cansado de ver, mas enxergar de uma maneira nova e diferente.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: folia, carnaval e ressaca - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 16/02/2010, sobre as palavras folia, carnaval e ressaca.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: folia, carnaval e ressaca

carnaval menino maluquinho
Três palavrinhas bem apropriadas para o dia de hoje. Folia veio do francês folie, palavra que significava loucura, alucinação e falta de bom senso para diferenciar o certo do errado.

Carnaval veio do latim, e tinha um significado religioso. A nossa palavra carnaval é o encurtamento de uma expressão que significava "adeus à carne", porque a partir do dia seguinte, começaria um período de jejum, que incluía não comer carne.

E ressaca é uma palavra espanhola, que foi incorporada pelo português. O movimento das ondas na praia, num indo e vindo infinito, como dizia Lulu Santos, os espanhóis chamavam de saca e ressaca. Saca quando ia e ressaca quando voltava.

O mesmo movimento constante e incessante deu origem ao chamado estômago embrulhado, aquele vai e vem que parece não ter fim, até que finalmente o organismo consiga absorver ou expelir os excessos pantagruélicos e alcoólicos da folia.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: achar - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/02/2010, sobre a palavra achar.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: achar

mau cheiro achar
A palavra de hoje é achar.

Um ouvinte escreve para dizer que na empresa dele, é proibido falar "eu acho". Porque "eu acho" é a mesma coisa que "eu não sei". Por isso, diz o ouvinte, a ordem é dizer "eu opino", que passa uma impressão de segurança.

Vamos tentar entender. Achar veio do latim aflare, com o sentido de cheirar. Outra palavra que veio da mesma raiz é olfato, o nosso aparelho cheirador.

Já o verbo opinar, de fato, é mais contundente. Ele veio do latim opinare, acreditar.

Na empresa do nosso ouvinte, "eu opino" quer dizer eu acredito no que estou falando. E "eu acho" significa "veja bem, eu não tenho certeza, mas alguma coisa nessa história não está me cheirando bem.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: logística - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 12/02/2010, sobre a palavra logística.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: logística

logística
A palavra de hoje é logística. Nome de uma área que está em alta nas empresas.

Os franceses tinham o verbo loger, que se tornou um termo de uso militar. Ele dizia respeito à planificação que as boas cabeças pensantes de um exército tinham que fazer antes de partir para uma guerra: como as tropas seriam transportadas, como e onde seriam alojadas, e como seriam alimentadas.

Foi de loger que veio logistique. Nas empresas modernas, logística é o planejamento e a gestão dos sistemas de movimentação.

Para quem vê de fora, parece fácil. Tanto não é, que a logística, que era apenas uma matéria dos cursos de engenharia ou administração, já se transformou em um curso superior.

E quem se forma em logística é o que? Logistólogo? Talvez um dia alguém crie essa palavra, mas por enquanto, o que deve constar no currículo é tecnólogo em logística.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: humilhação - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/02/2010, sobre a palavra humilhação.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: humilhação

humilhado
A palavra de hoje é humilhação. É aquele momento arrepiante, que a gente gostaria de esquecer para sempre, mas que insiste em ficar gravado em nossa memória.

A palavra humilhação veio do latim humus, com o simples significado de solo ou terra. Hoje, usamos o sentido figurado. De abusar do poder para rebaixar alguém ao nível da poeira. Uma violência que nas empresas ganhou um sinônimo mais ameno na forma, mas igualmente terrível no conteúdo: assédio moral.

Da palavra humus também derivou humilde, aquela pessoa que não está interessada em alçar grandes vôos e sempre mantém os pés no chão. Muitas vezes, até mais do que deveria.

Max Gehringer, para CBN.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: dogma - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 10/02/2010, sobre a palavra dogma.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: dogma

filme dogma
A palavra de hoje é dogma. Ela veio inteirinha e sem alteração do grego, com o sentido original de opinião pessoal ou ponto de vista. Ou seja, dogma era algo que se discutia, porque cada um pensa de um jeito.

Porém, quando a Igreja Católica se apropriou do termo, ele passou a ter o significado oposto, o de uma afirmação que mesmo não podendo ser racionalmente comprovada, deveria ser aceita como verdade irrefutável.

Toda empresa tem os seus dogmas, que são frases sempre repetidas, mas nunca escritas. E que podem não fazer sentido para muita gente. Por exemplo: "nesta empresa não contratamos parentes". É um dogma, que não precisa ser entendido, mas apenas obedecido.

Max Gehringer, para CBN.

2010-02-02

Aviso - Ausência

Estou com um começo de tendinite, por isso, vou deixar de postar aqui no blog por algum (indefinido) tempo. Também deixarei de comentar nos blogs amigos, mas continuarei acompanhando eles.

Até mais.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: deletar - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/02/2010, sobre a palavra deletar.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: deletar

deletar
A palavra de hoje é deletar. E sempre que aparece uma palavra estranha ao nosso vernáculo, muita gente pergunta por que adotar anglicismos quando já temos palavras nossas.

Bom, durante séculos, tanto o idioma português quanto o inglês, se enriqueceram emprestando palavras do francês. Palavras, essas, que os franceses foram garimpar no latim.

É o caso do verbo latim delere, remover. Que na França virou deleté e depois foi pra Inglaterra, como delete.

O mesmo caminho seguido pelo latim eliminare, que virou éliminer, eliminate em inglês e eliminar em português.

Eliminar chegou ao Brasil, via Portugal, no século 16. Deletar só está chegando agora, direto e sem escala.

Nesse contexto, de empréstimos importados do latim, como definir o que seria precisamente uma palavra nossa? Uma que já chegou faz muito tempo, ou uma que poderia também ter chegado, mas se atrasou?

Max Gehringer, para CBN.

2010-02-01

Controlando peitos - best joystick EVER

Esqueçam o Projeto Natal, Wii e seu Wiimote. Esse sim é o melhor controle já produzido:

camiseta joystick peitos
Interessante notar que os controles de videogames eram originalmente chamados de joysticks: joy = diversão, stick = vareta. Será que joyboobs seria um bom nome?

De qualquer maneira, lembrem-se que os seios são apenas UM dos INÚMEROS lugares pra gente brincar.

Essa imagem é apenas uma das 10 imagens da semana do Lista10.

Pequeno dicionário do mundo corporativo: potencial - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 01/02/2010, sobre a palavra potencial.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Pequeno dicionário do mundo corporativo: potencial

sucesso alcançando potencial máximo
Vamos dar prosseguimento ao nosso pequeno dicionário corporativo de férias. A palavra de hoje é potencial. Ela veio do latim potentis, poderoso.

Potencial é aquele conjunto de qualidades ou habilidades que alguém sabe que possui, mas que por qualquer motivo, ainda não foram colocadas em prática.

Em maior ou menor grau, todos nós temos potencial para sermos mais do que somos. Porém, a transformação do potencial em resultados palpáveis dependerá de 4 fatores.

O primeiro, ambição para traçar o caminho.

O segundo, persistência para nunca desistir.

O terceiro, inteligência para remover os obstáculos.

E o quarto, paciência para não desanimar.

A biografia de qualquer poderoso, mesmo que tenha mil páginas, no fim, sempre poderá ser resumida a esses quatro fatores básicos.

Max Gehringer, para CBN.