2010-04-30

Um doce de declaração

Uma declaração toda melosa para um doce de garota:

love injections brusse
You are the sweetest girl I have ever met!!!
(Você é a garota mais doce que eu já encontrei!!!)

Cuidado com o diabetes! Com tanto doce...

Mais uma fotografia do artista Brusse, da sua série Love injections.

O comportamento dos funcionários e a imagem da empresa - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 30/04/2010, sobre a imagem da empresa e dos funcionários.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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O comportamento dos funcionários e a imagem da empresa

festa empresa ressaca
"Minha sobrinha tem 19 anos e é professora de uma escola de inglês", escreve uma tia ouvinte. "Uma das alunas está fazendo aniversário e convidou minha sobrinha para festa. Porém, minha sobrinha foi informada que o regulamento interno da escola proíbe o comparecimento de professores a festas de alunos. O motivo alegado é que houve problemas de comportamento de professores no passado. Isso está correto? A escola pode interferir na vida pessoal de seus professores?"

Deixe-me antes relatar um outro caso, para clarear um pouco a situação. Digamos que uma empresa forneça materiais para outra empresa. E vamos supor que a empresa fornecedora, convide os compradores da outra empresa para um fim de semana em um resort. Há algum problema nisso?

Sim. Chama-se imagem. Não são poucas as empresas que proíbem seus funcionários de ir a festas ou viagem, ou mesmo de aceitar presentes oferecidos por fornecedores.

Por que? Para manter a imagem de integridade. Existe neste caso uma desconfiança que um comprador, ao aceitar um convite ou um presente, irá retribuir favorecendo a empresa camarada numa negociação? É exatamente isso que empresa que proíbe não quer nem discutir. Simplesmente proibindo, ela elimina qualquer insinuação.

Voltando ao caso da escola, a sobrinha da nossa ouvinte foi convidada não porque era amiga de longa data da aluna, mas porque era professora. Nesse caso, a imagem da professora reflete diretamente na imagem da escola.

Essas decisões nem sempre são fáceis de entender, porque assim como há escolas e empresas que proíbem, também há escolas e empresas que permitem. E algumas escolas talvez até incentivem seus professores a participar dessas festas, porque eles poderiam atuar como relações públicas e conseguir mais alunos.

Não é que uma empresa esteja mais certa do que a outra. Ambas estão sendo coerentes com os princípios que estabeleceram. Portanto, qualquer decisão é correta, desde que um candidato a emprego seja alertado, antes de ser contratado, sobre o que pode ou não pode fazer. Caso não concorde com o regulamento interno, o candidato sempre tem a opção de recusar o emprego.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-29

Filme: As Melhores Coisas do Mundo

Semana passada assisti o filme As Melhores Coisas do Mundo. Filme nacional, da diretora Laís Bodanzky. Excelente!

filme as melhores coisas do mundo poster cartaz
O filme trata da adolescência nos dias atuais, e o faz por meio do protagonista Mano (apelido para Hermano), vivido brilhantemente pelo ator iniciante Francisco Miguez. Mano está naquela fase da adolescência, por volta dos 15 anos, em que o mundo adulta já se deslumbra à frente, mas o adolescente ainda não consegue encarar plenamente, iniciando o caminho do amadurecimento (ou não, visto que muito marmanjo por aí ainda é criança, mas estou divagando).

O retrato que o filme traz do típico adolescente classe média urbano, é fantástico. Sem suavizar, nem romantizar demais, o filme retrata muito bem o momento atual e os adolescentes neste período: não faltam cenas em que vemos a multidão de jovens todos com seus celulares, espalhando, de forma como os publicitários diriam, viral, as últimas fofocas da escola. E esse é outro ponto interessante e que ficou muito bem retratado, a escola como um microcosmos dos jovens. Um lugar que é uma mini sociedade quase fechada, sendo que o que importa mesmo, acontece lá dentro. Para os jovens (e muitos "adultos", diga-se de passagem), a vida é como a do sapo dentro do poço.

filme as melhores coisas do mundo colégio escola
Isso claro, pra não mencionar o óbvio que é retratar essa geração que já nasceu com um celular grudado na orelha, com a tecnologia no sangue e com um ritmo alucinado, sem se focar muito em nada, e que considera tudo (tudo mesmo) muito transitório, efêmero e principalmente, descartável. Outra coisa, que tem a ver com esse ritmo acelerado: estariam os adolescentes precoces, ou os adultos infantilizados? Esta é uma pergunta que me veio ao ver a festa de 15 anos de uma das meninas do colégio no filme. Bebida, cigarro, pegação... Mas divago novamente.

filme as melhores coisas do mundo festa bebidas cigarro pegação
O filme não tem exatamente uma trama amarrando todo o roteiro, a não ser a própria história de amadurecimento de Mano. E essa história, como a de todos nós, é composta por diversos episódios, que formam as várias subtramas no filme, que passam pelo(s) cyberbulling(s), o conflito e as agruras familiares, e claro, o sexo e o amor. Todas as subtramas são bem amarradas e concisas, quero dizer, se resolvem muito bem ao longo do filme, mesmo aquelas com pouco destaque, como por exemplo, a história da mãe de Mano (Denise Fraga, ótima), que é bem curta, mas com poucas cenas e diálogos, conseguem explicar muito a personagem e a situação vivida por ela.

filme as melhores coisas do mundo pai irmão mano
Outra das virtudes do roteiro de As Melhores Coisas do Mundo, feito pelo Luiz Bolognesi, foi a de não se prender ao material de base, uma série de livros de Gilberto Dimenstein e Heloísa Prieto, mas estender o conteúdo com diversas conversas com adolescentes, os retratados na história. Com certeza valeu a pena, pois os diálogos soam totalmente verdadeiros, até mesmo as idiotices típicas adolescentes estão presentes, especialmente na boca de Deco, um dos amigos de Mano, ao passar umas cantadas furadas na Carol, única menina do grupinho deles.

E ainda falando de roteiro, são excelentes os usos que o roteirista deu para os blogs de alguns personagens e o caderninho de anotações (ou mais um diarinho) da Carol. De maneira natural e fluida, esses elementos servem para conhecermos mais os personagens e sabermos o que se passa na cabeça de cada um deles.

filme as melhores coisas do mundo computador internet
Dentre várias cenas, destaco as que Mano e Carol conversam, dentro de um ônibus, no caminho de volta da escola. O cenário móvel pontua a velocidade dessa geração, enquanto os diálogos entre os dois têm um alto grau de confidencialidade, contrastando com o ambiente (geralmente cheio de gente) dos ônibus. Paradoxos da juventude, diria um senhor mais velho.

Neste contexto, a direção de arte do filme é excelente. Cada cenário é de um esmero gigante. Podemos ver isso no quarto do irmão de Mano, Pedro (interpretado por Fiuk, cuja pessoa, eu admito, ignorava completamente antes desse filme), ou na casa do professor de violão interpretado pelo Paulo Vilhena, em que o jeito despojado do personagem fica mais evidente com a arrumação meio largada de CDs e livros empilhados.

filme as melhores coisas do mundo bicicleta
E aproveitando o gancho, outro ponto forte de As Melhores Coisas do Mundo são as interpretações. Até mesmo o acima mencionado Vilhena ATUA no filme. É um papel pequeno, mas importante, na figura do mestre/guia na jornada do nosso "herói" Mano. A preparação dos atores foi excelente, e não se percebe que a maioria dos adolescentes ali não são atores profissionais. TODAS as interpretações estão excelentes.

filme as melhores coisas do mundo irmãos
Um último ponto de destaque do filme é a música (e consequentemente, a trilha sonora). Além do comentado licenciamento de uma música dos Beattles, a música em si traz um simbolismo de crescimento para o personagem. É através dela que o mestre o ensina, pois a escolha de qual música tocar, é somente do personagem. E é aí que o caminho pra maturidade se apresenta: em escolhas. Em escolhas e suas consequências.

Enfim, As Melhores Coisas do Mundo é um filme excelente, que não é de gênero, mas sim, de personagens. Verossímeis e humanas (e jovens!). Pra mim, além de sexo e uma boa comida (e bebida!), bons filmes estão entre as melhores coisas do mundo. E este filme, com certeza, é um dos bons.

Trailer:



Para saber mais: Omelete, Cinema em Cena e site oficial.

Eu te amo, da parede ao teto

Uma mensagem (e declaração de amor) que sobe paredes e alcança o teto:

love injections brusse
I love you

Não lembra esse vídeo bem bonitinho do Post-it Love?

Mais uma fotografia do artista Brusse, da sua série Love injections.

'Não consigo ser pontual' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 29/04/2010, sobre pontualidade.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Não consigo ser pontual'

coelho alice relógio
Uma bela consulta de um ouvinte que vai direto à raiz do problema. "Não consigo ser pontual", ele diz. "Já passei por muitos vexames e perdi várias oportunidades porque sou incapaz de chegar a compromissos nas horas marcadas. Tenho perfeita noção de que isso me prejudica profissionalmente e quero corrigir esse defeito. Mas, imagino que existam vários caminhos, e não sei bem por qual deles começar."

Você está certo. Existem vários caminhos, porque os motivos da falta de pontualidade variam. Vou tentar resumi-los rapidamente.

O primeiro é biológico. Há pessoas que são noturnas e não conseguem cumprir compromissos antes do meio-dia. Ou se conseguem, parecem que estão em outra faixa de sintonia. Essas pessoas precisam conseguir empregos com horários mais flexíveis.

O segundo motivo é o otimismo. Existem pessoas que não contam com fatores adversos. Marcam um horário imaginando que nada sairá errado, incluindo o trânsito. As pessoas otimistas também não se preocupam em procurar um endereço no mapa, elas acreditam que irão encontrá-lo logo na primeira tentativa.

O terceiro motivo é cultural. É a pura e simples convicção de que os outros não se preocuparão com o atraso. A pessoa chega numa boa e nem pede desculpas. Afinal, na cabeça dela, todo mundo no Brasil se atrasa, e chegar na hora marcada significa ter que ficar esperando pelos outros. Esse não é o caso do nosso ouvinte.

E o quarto motivo, o mais normal de todos, é a administração do tempo. A pessoa não consegue decidir entre dois ou três compromissos ou tarefas, qual é mais importante, e qual pode ser postergado ou cancelado. Em empresas, isso ocorre bastante, e é por isso que tantos trabalhos saem atrasados.

Mas há remédio para isso. Existem livros e cursos que ensinam a administrar melhor o tempo, através de providências que são até óbvias para quem não tem problemas de pontualidade: estabelecer uma agenda, contar com fatores adversos, não emendar compromissos, deixar um pulmão entre duas atividades e assim por diante. Na internet, é possível encontrar livros e seminários sobre administração de tempo. Existem muitos, porque o mercado é grande. No Brasil, como bem sabemos, há bem mais gente que se atrasa meia hora, do que gente que chega cinco minutos antes da hora marcada.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-28

Coração, hoje eu arrumei a casa

Isso é que é arrumação de um apaixonado:

love injections brusse
Coração, hoje eu arrumei a casa!

Mais uma fotografia do artista Brusse, da sua série Love injections.

'Decidi me tornar meu próprio patrão, mas as coisas mudaram para pior' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 28/04/2010, sobre os empecilhos para voltar ao mercado de trabalho, de alguém que foi seu próprio patrão.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Decidi me tornar meu próprio patrão, mas as coisas mudaram para pior'

patrão
"Tenho 38 anos", escreve um ouvinte. "Faz nove anos, decidi me tornar meu próprio patrão e abri uma empresa de prestação de serviços. Embora a empresa sempre me proporcionasse um rendimento menor do que aquele que eu tinha como empregado, eu mantive a convicção de que as coisas mudariam com o tempo. A verdade é que as coisas mudaram, para pior. Estou sendo obrigado a encerrar as atividades da empresa. A minha pergunta é a seguinte: vou ter que enfrentar muitos empecilhos para voltar ao mercado de trabalho?"

Vai. Não muitos, mas alguns.

A primeira preocupação de uma empresa ao avaliar a contratação de alguém que foi empresário, é se essa pessoa conseguirá voltar a pensar como empregado ou se continuará pensando como empresário. Se você foi o seu próprio chefe durante nove anos, e tomou as decisões que você achava que devia tomar, qual será a sua reação, ao receber de um chefe, uma determinação com a qual você não concorda? Ou até concorda, mas teria uma sugestão melhor. Se você está convencido de que a hierarquia fala mais alto do que a sua experiência, eu sugiro que você diga isso, logo no começo de uma entrevista.

O segundo empecilho estará no salário e no cargo que você irá procurar. Para uma empresa, os nove anos que você passou como empresário não foram uma promoção. A sua carreira, muito provavelmente, deverá ser retomada a partir do ponto em que você a deixou. O que significa trabalhar em condições de igualdade com pessoas mais jovens e com menos experiência, pelo menos até que você demonstre estar readaptado ao mercado de trabalho.

E o terceiro empecilho será reativar o seu círculo de relacionamentos profissionais. Muitas das pessoas com as quais você trabalhou, devem hoje estar ocupando bons cargos em empresas, e seriam ótimas fontes de referência. Porém, é possível que você tenha perdido o contato com a maioria dessas pessoas. Você precisa se reaproximar delas, por e-mail ou telefone.

Uma sugestão é que você não convide essas pessoas para almoçar, ou algo assim. Isso é coisa de empresário. Apenas diga a elas, francamente, que você fechou a sua empresa e precisa de auxílio para retornar ao mercado. Assim, você já eliminará os que não estarão dispostos a ajudá-lo.

E finalmente, tenha um pouco de paciência, porque as coisas acontecerão, mas talvez não aconteçam de imediato. Boa sorte.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-27

Amor na geladeira

No jogo do amor, brincar com comida pode ser bem interessante:

love injections brusse
"I want to eat you baby" (Eu quero comer você, baby)

Geladeira cheia. Se antigamente dizia-se que as mulheres pegavam os homens pelo estômago, hoje o que uma declaração dessa não faz?

Fotografia do artista Brusse, da sua série Love injections.

'Cometi um erro e não consigo me livrar dele' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/04/2010, sobre a falha de um ouvinte num teste, e o que ele pode fazer agora.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Cometi um erro e não consigo me livrar dele'

balinha
Um ouvinte se queixa porque cometeu um erro e não consegue se livrar dele. Diz o ouvinte: "Entrei nessa empresa faz dois anos. Nos primeiros 18 meses, fui muito elogiado por meu trabalho e passei a ser tratado por meu chefe, como um funcionário diferenciado, embora eu conservasse a mesma função de meus colegas. Empolgado com esse conhecimento, tomei uma decisão que não me competia. Eu devia ter consultado o meu chefe e não consultei. Para meu azar, a decisão resultou em prejuízo para a empresa: perdemos um cliente.

Meu chefe foi compreensivo, e relevou a minha falha. Ele me advertiu, mas me tratou tão bem que eu imaginei que tudo continuaria como era. Porém, daquele dia em diante, tudo mudou. Desde o tratamento que eu recebia, até a liberdade que eu tinha. Agora, só recebo tarefas burocráticas e preciso consultar meu chefe até para tomar pequenas decisões, óbvias e sem nenhum risco. Essa situação já perdura há 6 meses. E eu pergunto: quanto tempo ainda vou precisar pagar, por uma única falha cometida?"


Bom, com base na história que você contou, você recebeu de seu chefe, um pouco de liberdade para ir além do que sua função permitia. Essa liberdade lhe foi concedida por seu bom trabalho, por seu bom senso, e principalmente, pela expectativa de seu chefe de que você usaria esse bom senso para não meter os pés pelas mãos.

Quando você cometeu o erro, a situação original foi restabelecida. Ou seja, você voltou a ser visto por seu chefe, como um subordinado igual aos outros. Muito provavelmente, algum colega seu já começou a receber do seu chefe, o mesmo tipo de liberdade que você recebia.

Em resumo, você foi submetido a um teste para avaliar o quanto era confiável. E falhou nesse teste. Seu emprego foi mantido porque você continua sendo considerado apto a realizar tarefas simples. Mas, as suas possibilidades de ascensão ficaram comprometidas.

Você tem duas opções. Aceita a situação e leva mais um ano para recuperar a confiança que foi perdida, ou procura outro emprego, enquanto ainda está empregado. Pelo tom da sua mensagem, eu diria que você optará pela segunda. Porque quem provou um doce, dificilmente se contenta com o azedo.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-26

Filme: Aconteceu em Woodstock

Na sessão cult da semana, fui ver o último filme do diretor Ang Lee, Aconteceu em Woodstock (ou Taking Woodstock no original). Fui assistir sem muitas expectativas, até porque não sou grande fã do diretor, mas me surpreendi.

filme aconteceu em woodstock poster cartaz
Aconteceu em Woodstock conta a história do famoso festival sob um ponto de vista diferente. O festival, apesar de impulsionar a história, deixa o papel de protagonista para o jovem Elliot Teichberg (muito bem vivido por Demetri Martin), designer e pintor que teve uma passagem mal sucedida na cidade grande, e que volta ao interior para ajudar a cuidar do pequeno hotel de beira de estrada decadente dos pais, judeus e imigrantes russos.

Aliás, a cidade inteira se mostra decadente, já nos primeiros planos do filme. Contrastando com belas paisagens de verão e da natureza verde, vemos uma cidade envelhecida, que o diretor pontua não somente com as construções físicas, mas pela presença predominante de senhores e senhoras de idade, tanto no café/lanchonete da cidade, como na Câmara de Comércio. Câmara esta que é presidida pelo jovem Elliot, que pretendendo realizar um festival cultural local (pequeno e restrito), consegue uma permissão para realizar o seu festival.

filme aconteceu em woodstock elliot demetri marting jonathan groff
Ao mesmo tempo, o festival que reuniria grandes nomes da música, o festival de Woodstock (que já estava previsto pra acontecer longe da cidade de mesmo nome), é "expulso" da cidade em que seria realizado, por medo dos moradores locais da invasão hippie que seria o festival. Nisto, Elliot com a sua permissão em mãos, contata os produtores do festival, e então vemos o velho hotel ser invadido pelos organizadores.

Mas, como já disse, esse filme não é sobre o festival, mas sobre como o festival mudou a vida de Elliot. Apesar de, no fundo ter um espírito livre e artístico (o que é acentuado pela trupe de artistas de teatro que Elliot deu abrigo no seu celeiro), ele é acanhado, de certa forma preso pelo conservadorismo dos pais, especialmente a mãe de Elliot, uma velha turrona e muquirana, que acaba servindo de alívio cômico e que rouba bastante a atenção numa atuação convincente.

filme aconteceu em woodstock elliot demetri martin
Aliás, Ang Lee parece ter um dom para extrair de seus atores, atuações excelentes. O protagonista Martin está muito bem como Elliot, é visível como o personagem é ao mesmo tempo reprimido, mas se solta com alguns trejeitos de vez em quando, como se o que ele realmente é, estivesse querendo sair. E é mais ou menos essa a sua trajetória.

Destaque também para os pais de Elliot, vividos por Imelda Staunton e Henry Goodman. Já falei da mãe de Elliot, mas o pai dele também se mostra um personagem interessante: a princípio parece simplório, mas assim como Elliot ao longo da história, acabamos descobrindo que ele é mais do que aparenta (e mais do que o próprio Elliot pensa). A atuação está ótima, basta um olhar pra gente se dar conta do papel que o personagem do pai tem: a da velha geração, cansada, mas que espera e torce pela nova geração, os filhos.

filme aconteceu em woodstock vilma liev schreiber
E claro, não dá pra esquecer de mencionar Liev Schreiber (com um papel pequeno, mas notável) na pele de Vilma, uma mudança bastante radical desde o Dentes-de-Sabre. :)

Dizer que Aconteceu em Woodstock é perfeito é um exagero. Ele tem alguns problemas, alguns mais, outros menos graves. Mesmo que o foco esteja no personagem e não no festival, ainda assim é retratado o "making of" de Woodstock, o que obviamente envolveu muita gente. E, com tantos personagens assim, alguns arcos ficaram rasos e/ou abandonados. A má reação dos habitantes locais a invasão hippie, por exemplo, insinua-se em vários momentos, mas tem um desfecho pífio. A reação boa dos habitantes locais, simbolizado pelas duas velhinhas simpáticas, por exemplo, se resume a apenas isso, duas velhinhas que acabam reforçando o alívio cômico.

filme aconteceu em woodstock kombi lsd
Essas pinceladas que o diretor dá em temas ligados a Woodstock, como o momento econômico (simbolizado pela reação dos habitantes locais, para o bem ou para o mal), ou o momento político (o amigo de Elliot, jovem veterano de guerra), poderiam deixar o filme mais profundo, mais reflexivo, mas essa claramente não é a intenção do diretor. O foco está em Elliot e no seu desenvolvimento pessoal. Mesmo quando num mar de gente, a câmera dá um jeito de manter a atenção em Elliot, sendo dividindo a tela, sendo nos mostrando o seu olhar.

Outro ponto negativo é, paradoxalmente, o próprio desenvolvimento do personagem Elliot. Ao gosto de Ang Lee, o seu desenvolvimento é bem lento, e é mais impulsionado pelo próprio Elliot do que por influências externas. Isso deixa a impressão de um desenvolvimento raso, mas prestando-se atenção, vemos que a semente já estava plantada, o que era preciso era de um pouco de água. E, assim como uma planta, o crescimento parece imperceptível, até nos darmos conta do crescimento.

filme aconteceu em woodstock paz e amor
Enfim, assim como o policial com o enfeite no capacete no filme, que depois de ver o que o festival era, mudou de opinião e não quis rachar a cabeça de nenhum hippie XD, eu também mudei a minha em relação a Ang Lee. Aconteceu em Woodstock não é de explodir a cabeça (ou os tímpanos) como a voz rouca de uma Janis Joplin mas sem dúvida, eu me surpreendi.

Trailer:



Para saber mais: Omelete e Cinema em Cena

A preocupação social das empresas - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/04/2010, sobre a preocupação social das empresas, sem hipocrisia.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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A preocupação social das empresas

preocupação social
"Tenho 21 anos e me formo este ano", escreve um ouvinte. "Quero trabalhar em uma empresa que tenha preocupação social e ofereça a seus empregados, um tratamento justo. Não quero parecer cético, mas quantas empresas assim, existem no Brasil?"

Muitas, bem mais do que você possa imaginar. Porém, para que você não se frustre logo no primeiro emprego, permita-me colocar quatro fatores que você deve ter em mente durante toda a sua carreira.

Primeiro: o objetivo de uma empresa não é o de resolver os problemas das pessoas. As pessoas é que são contratadas para resolver os problemas da empresa. Por isso, os promovidos não são os quem têm as melhores intenções, mas os que apresentam os melhores resultados.

Segundo: quando uma empresa oferece a seus empregados, benefícios que vão além do salário mensal, a empresa não faz isso por uma razão puramente social. O objetivo é o de reduzir atritos, aumentar a produtividade e impedir que os melhores mudem de emprego.

Terceiro: um empregado só é importante para uma empresa enquanto os dois estiverem ligados por um instrumento burocrático chamado contrato de trabalho. Quando esse contrato termina, a relação muda. Um chefe que era atendido imediatamente quando dava uma ordem, pode, após deixar a empresa, ligar para um ex-funcionário e passar pelo dissabor de ouvir que o ex-funcionário não tem tempo para atendê-lo.

Quarto: amizades profissionais são relativas, muito relativas. Um colega que deixou a empresa e foi para uma empresa maior, com um cargo melhor, deixará na ex-empresa mais amigos do que um colega que foi dispensado e não consegue se recolocar.

Dito isso, as boas empresas reconhecem sua obrigação de ajudar a construir um mundo socialmente mais justo. Elas fazem isso através de programas de cunho social, de apoio a causas ecológicas, de patrocínios a eventos culturais e de processos de fabricação que preservem a natureza para as futuras gerações.

Tudo isso é ótimo e serve como exemplo a ser seguido. Porém, na relação direta entre um empregado e uma empresa, primeiro, o empregado deve fazer o que foi contratado para fazer. Se ele não fizer, qualquer empresa, mesmo aquelas muito preocupadas com o social, e justas no tratamento, irão rapidamente substitui-lo por quem faça.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-25

Todo mundo espera uma bunda em um sábado a noite

Faz tempo que eu não ria muito de um vídeo do PC (e concordo com tudo):



Eu queria ter olhos de raio X.

Sábado de chuva

Hoje, sábado, foi um daqueles dias com o clima que as pessoas chamam de "tempo feio". Nublado, chovendo leve, mas constantemente, e com um friozinho pra arrebatar. Tirando o inconveniente de ficar levando o meu guarda-chuva pra dentro do cinema (e ter o shopping lotado, porque todo mundo vai pra lá nos fins de semana chuvosos), eu adoro esse tempo.

chuva
Gosto muito de frio, e de poder usar calça e não bermuda, sem passar calor. De poder colocar uma blusa e sentir o braço quente, mas a mão fria, até que eu a coloque no bolso. De sentir o vento batendo no rosto ou bagunçando o cabelo.

Também gosto quando chove, mas não tão forte que a gente fique encharcado mesmo carregando um guarda-chuva, nem tão fraco que pareça apenas névoa caindo. Gosto quando a chuva cai fraca, mas formando sons, a água batendo no chão ou na janela.

Eu gosto de dias assim, quando o tempo está feio. Dá uma melancolia, uma certa tristeza, em observar lá fora, a chuva caindo e o vento frio soprando. E essa melancolia pra mim é tão familiar, que eu gosto dela.

E sempre que estou em casa nesses dias, quando me sinto assim, eu lembro desse desenho, o segundo encerramento do anime Card Captor Sakura. Um misto de tristeza, melancolia e familiaridade (o que é bom), me tomam, sempre que eu vejo esse vídeo:



Letra e tradução:
Honey
(versão simplificada, do anime)

madobe ni hitori hoodzuetsuite
yamanai ame wo jitto mite'ru
kyou wa zutto hitori


Sozinho, eu me inclino na janela,
Vendo a chuva que não para
Eu estive sozinho o dia todo.

Ah fushigi da ne
omoidasu dake de
yasashiku nareru


Ah Não é estranho?
Só de lembrar
Já me faz sentir afeiçoado

atatakai MIRUKU ni
amaku hirogaru HACHIMITSU mitai da ne
kokoro tokasu yo
sono hohoemi wa sou totteoki no Honey


Assim como mel
Se espalhando gentilmente no leite morno
Meu coração se dissolve
Seu sorriso é o melhor mel.

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Traduzi a partir da tradução em inglês, por isso, pode não estar totalmente fiel. A letra completa está aqui no animelyrics, e se quiser ouvir a música completa, pode clicar aqui neste link do youtube.

2010-04-24

Filme: Caçador de Recompensa

Semana passada fui assistir a comédia romântica Caçador de Recompensa (ou The Bounty Hunter, no original). Pra mim, algo vital numa comédia romântica é a comédia, e nesse ponto (e não só nesse), o filme falha.

filme caçador de recompensa poster cartaz
Gerard Butler (praticamente reprisando o seu papel em A Verdade Nua e Crua, mas sem o mesmo charme), é o casca grossa Milo Boyd, ex-policial que agora vive como caçador de recompensa, perseguindo aqueles que têm pendências com a justiça. E adivinhem quem acaba de se tornar uma foragida? Sua ex-mulher Nicole Hurley (Jennifer Aniston).

filme caçador de recompensa gerard butler jennifer aniston
A história é bem simples, com o casal Butler e Aniston num jogo de gato e rato, sempre alternando-se quem está na frente, caça ou caçador. Além disso, temos duas tramas paralelas, uma envolvendo Milo e suas dívidas de jogo, e outra envolvendo Nicole com seu trabalho de jornalista investigadora (que acaba absorvendo boa parte do roteiro, mas sem empolgar).

filme caçador de recompensa gerard butler jennifer aniston
Além das piadas não serem tão engraçadas, elas acabam diluídas entre a trama principal e a trama envolvendo a jornalista, que investiga um possível assassinato. Nesta parte, o filme se perde, tentando encaixar um pouco mais de ação e suspense, mas sem empolgar. Basta citar o desfecho da cena da perseguição com automóveis: mais sem sal, impossível.

Butler e Aniston entregam atuações meio no automático. Ele, reprisando um papel já conhecido (o do cara macho badass mas que no fundo, tem um coração mole). E ela, reprisando a maioria dos seus papéis, que têm um (grande) toque da Rachel de Friends, mas obviamente sem o mesmo charme (que era proporcionado em grande parte, pela trupe inteira de amigos). E pra piorar, não rola química nenhuma entre o casal, deixando o romance da comédia romântica naufragar também.

filme caçador de recompensa gerard butler jennifer aniston
Eu poderia citar mais um monte de motivos pelos quais o filme é ruim, mas creio que falar mais sobre o filme é dar a ele mais importância do que tem. Basta dizer que o diretor Andy Tennant parece totalmente perdido (e aposto que estava mesmo, deixando os produtores engravatados fazerem o que quiseram). É visível que, da metade pro final do filme, a coisa desanda e muito. Se mantivesse o nível da primeira parte (quando se foca no jogo de gato e rato do casal), Caçador de Recompensa seria fraco pra mediano, mas não ruim.

Enfim, não recomendo (e olha que eu, em geral, curto comédias românticas). Se for pra ver uma comédia romântica em cartaz, prefira Uma Noite Fora de Série. Neste, pelo menos, a parte cômica não falha.

Trailer:



Para saber mais: crítica no Omelete.

Acrósticos - Andresa

Andresa

Amo esse teu sorriso aberto e sincero,
Nele vejo em teus olhos a alma que quero.
Deixo teu olhar me guiar pela noite escura,
Respiro teu perfume e me embriago em ternura.
Espero como tesouro, o toque da tua boca,
Sei que um beijo teu não é coisa pouca,
Almejo o céu e o paraíso que tu me invocas.

2010-04-23

Filme: Dupla Implacável

Faz quase duas semanas que assisti o filme Dupla Implacável (ou originalmente From Paris with Love, ou "De Paris, com Amor"). Por isso, devo deixar passar vários detalhes e pontos, e me concentrar nas impressões mais fortes que o filme deixou: um filme de ação frenética, várias vezes exagerado, mas bem feito ao que se propõe.

filme dupla implacável poster cartaz
No filme, Jonathan Rhys Meyers (o galã da série The Tudors e do excelente filme Matchpoint), é James Reece, um funcionário da embaixada norte-americana em Paris, que almeja se tornar um agente secreto. Noivo da bela Caroline (a bela mesmo Kasia Smutniak, que terá um papel importante no "De Paris com Amor"), Reece divide o tempo entre o trabalho oficial na embaixada com serviços menores de inteligência. Depois de um trabalho bem sucedido, surge uma grande oportunidade para ele: ser parceiro de Charlie Wax (interpretado por um John Travolta careca e de cavanhaque), um super espião com métodos pouco ortodoxos (e pouco sutis também).

filme dupla implacável jonathan rhys meyers kasia smutniak
Nesta missão em conjunto, os dois irão bater de frente com a máfia chinesa, cafetões iranianos (eu acho), traficantes e terroristas árabes, e mais um monte de tipos simpáticos do submundo de Paris. Mas, diga-se a verdade, a história pouco importa no filme: ela é rasa, com alguns clichezinhos básicos, mas que não chegam a incomodar. O que mais se sobressai são as cenas de ação. Bem coreografadas e editadas, elas empolgam (a cena de perseguição de carros é ótima).

filme dupla implacável john travolta jonathan rhys meyers
A atuação de Rhys Meyers é contida, o que tem tudo a ver com a caracterização do seu personagem. Já Travolta é o oposto. Sua atuação é espalhafatosa e por vezes, beira o circense. Tem a ver com o personagem, mas Travolta exagera, deixando Wax inverossímil como personagem (mesmo para um filme de ação desenfreada). Talvez essa tenha sido a intenção do diretor francês Pierre Morel: deixar o personagem tão impossível que é imprevisível adivinhar qualquer coisa ou o seu próximo passo. E apesar dessa ser uma jogada de risco, acaba que até funciona no filme. As surpresas que Wax vai revelando ao longo da película, com as habituais reviravoltas, exercem um efeito de entorpecimento, nos fazendo esquecer do quão raso é o roteiro e a construção das personagens.

filme dupla implacável john travolta
Dupla Implacável é um daqueles "filmes pra macho". Tem boas sequências de ação e uma história fraca, mas que não chega a incomodar. Enfim, uma diversão interessante pra desestressar, e que entrega o que propõe: muita ação.

Trailer:



Para saber mais: texto no Omelete com 2 estrelas apenas.

Colegas de trabalho de morrer

Tem dias que, no trabalho, eu olho em volta e vejo quase isso:

Laerte trabalho com mortos
- Trabalho com mortos.
- São excelentes pessoas.

No fundo, alguns são realmente excelentes pessoas.

Mais uma tirinha do Laerte.

Discriminação x conveniência - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 23/04/2010, com a diferença entre a discriminação e a conveniência de uma empresa ao contratar candidatos de longe.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Discriminação x conveniência

discriminação
"Você disse na semana passada que não existe discriminação por região no mercado de trabalho", escreve um ouvinte. "Então, me ajude a entender. Eu sou da Bahia e pretendo me mudar para Santa Catarina, por razões pessoais. Nos últimos meses, perdi a conta do número de currículos que enviei para empresas catarinenses, sem ter recebido uma única resposta. Isso não seria uma discrimanação?"

Não, não seria. Pelo menos não generalizadamente. Esse não é o motivo pelo qual os seus currículos foram ignorados. Não é que empresas de Santa Catarina ou de qualquer outro estado, não queiram contratar quem vem de fora. É que faz mais sentido contratar quem é de perto. Um pouco porque a adaptação à empresa seria bem mais rápida, mas principalmente porque alguns candidatos têm contatos de longa data com profissionais que trabalham nas empresas locais. E por isso, a maioria das vagas acaba sendo preenchida através dessas indicações. A mesma lógica valeria para a situação inversa: uma empresa baiana daria preferência a candidatos locais.

Para que um currículo de outro estado receba uma atenção especial, é necessário que o profissional que o enviou, também possua alguma característica especial. Uma que não seja facilmente encontrada nos candidatos locais. Se alguém de um estado distante se candidata a vagas comuns, para as quais há excesso de candidatos localmente, a preferência da empresa será sempre pelo que é mais fácil e mais lógico.

Essa é a diferença entre discriminação e conveniência. Discriminação seria uma empresa tomar a decisão de nunca, em hipótese alguma, contratar alguém com base no sexo, religião, raça ou procedência. Ou seja, fatores que nada têm a ver com o aspecto profissional.

Mas vamos supor que nosso ouvinte possuísse uma especialização técnica que uma empresa catarinense está desejando e não consegue encontrar localmente. Neste caso, sem dúvida, ele seria contatado e convocado para uma entrevista.

Se o nosso ouvinte não tem essa especialização, mas mesmo assim queira se mudar para Santa Catarina, com emprego ou sem, a sugestão é ele se mudar, e aí colocar um endereço local em seu currículo. Isso não garantiria um emprego imediato, mas certamente melhoraria a possibilidade de conseguir um.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-22

'Recebi um convite para trabalhar em uma empresa menor com salário maior' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 22/04/2010, sobre as vantagens e desvantagens de se trocar um emprego em uma grande empresa, por um emprego em uma pequena empresa, mas ganhando mais.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Recebi um convite para trabalhar em uma empresa menor com salário maior'

correndo atrás dinheiro salário
Consulta de uma ouvinte que está com uma boa dúvida. "Trabalho em uma das 100 maiores empresas do Brasil", ela escreve. "Recebi um convite para trabalhar numa empresa menor, mas com um salário 30% maior. Estou em dúvida se devo aceitar."

Então, vamos por partes.

Primeiro, faça a conta da remuneração. O salário é uma parte da remuneração, mas há benefícios quantificáveis que as empresas maiores oferecem, e as menores não. Um bom plano de assistência médica, por exemplo, faz muita diferença.

Segundo, as maiores empresas não pagam os maiores salários. Como trabalhar em empresas que têm um nome e um conceito já firmados no mercado de trabalho, é o sonho de muita gente, a grande quantidade de candidatos permite que a empresa possa oferecer salários na média do mercado, e mesmo assim, consiga preencher facilmente qualquer vaga que apareça. Já uma empresa menor precisa oferecer algo mais, para atrair os melhores candidatos. E normalmente, oferece salários um pouco acima da média.

Terceiro, sair de uma empresa de grande porte para uma empresa de pequeno porte, não é difícil. Mas fazer o caminho de volta, seria bem mais complicado.

Quarto, empresas de pequeno porte oferecem poucas possibilidades de promoções. Quase sempre, são empresas familiares, e as melhores vagas ficam para membros da própria família.

Dito tudo isso, você não está apenas tomando uma decisão de mudar de emprego. Está diante de uma decisão para mudar de vida. Empresas de pequeno porte oferecem ambientes de trabalho menos opressivos, mas a sua gestão está baseada mais nos humores dos dirigentes, do que em processos formais, como ocorre em grandes empresas.

Portanto, você pode mudar e ser feliz. Mas não conseguirá construir o tipo de carreira que poderia construir na empresa em que está.

Se você tem menos de 30 anos e é ambiciosa, há uma boa possibilidade de que você venha a se arrepender da mudança. Se tem mais de 30 anos e procura um pouco de estabilidade, e uma qualidade de vida mais adequada, a mudança é válida.

Max Gehringer, para CBN.

2010-04-21

Cartas de tarô de Lost

O designer Alex Griendling fez 14 cartas de tarô (ou tarot) inspiradas nos personagens de Lost. Usando de um design bem estilizado (e um pouco retrô), as cartas refletem bem cada personagem.

O Médico

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O Viciado

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A Fugitiva

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O Crente

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Os Devotados

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O Golpista

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O Soldado

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A Mãe

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O Sacrifício

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O Menino

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O Pai

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O Milionário

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A Princesa

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O Enigma

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Costas das Cartas:

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Todas as cartas

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Hmmm, alguém notou que a carta do Locke, de número 4, está com a numeração romana errada, mesmo que a carta 14 esteja certa? Seria um erro do designer ou proposital... Tela preta... LOST!

Via Brainstorm 9.