2011-01-23

'O que fazer quando uma pessoa nos cumprimenta e não lembramos seu nome?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 11/01/2011, sobre o que fazer naquele momento embaraçoso quando alguém nos cumprimenta, mas não lembramos da pessoa ou do nome dela.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'O que fazer quando uma pessoa nos cumprimenta e não lembramos seu nome?'

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“O que devemos fazer”, escreve um polido ouvinte, “quando uma pessoa nos cumprimenta e nós não lembramos o nome dela? Isso acontece muito comigo”, ele diz, “e na maioria dos casos, são pessoas que eu vi uma vez na vida, mas foram situações em que eu deveria ter memorizado os nomes, como almoço de negócio, por exemplo. E pelo menos uma vez por semana, eu tenho que passar pela agradável situação de alguém me perguntar ‘você se lembra de mim?’ E eu até lembro da fisionomia, mas não do nome. Tem remédio para isso?”

Bom, para que você se sinta melhor, tirando meia dúzia de privilegiados que possuem uma memória muito acima da média, o resto de nós tem o mesmo problema que você: todos nós esquecemos nomes, e quanto mais gente nós conhecemos, mais nomes nós esquecemos.

A reação diante da pergunta “Você se lembra de mim?” varia conforme a idade. Jovens tendem a levar a conversa adiante, até que o nome apareça num relance ou que a outra pessoa o revele. Já executivos mais veteranos respondem: “Me perdoe, mas não estou me lembrando”, e aí fazem aquela expressão de supremo interesse.

Existem maneiras de minimizar esse inconveniente, e uma delas é repetir diversas vezes o nome da pessoa a qual estamos sendo apresentados, para que o nome não caia facilmente no esquecimento. Outra dica é se antecipar ao pior. Quando uma pessoa, que não nos lembramos quem é, se aproxima com aquela cara de “Eu te conheço!”, basta estender a mão e dizer com um sorriso elegante: “Como vai? Desculpe a minha vergonha, mas seu nome me escapou.”

Como regra geral, porém, é melhor confessar. Mesmo que sejamos efusivos, a outra pessoa percebe rapidinho que não estamos nos lembrando dela. E se ela vai ficar ofendida com isso, já ficou. Enquanto estamos tentando contornar a situação e exagerando na intimidade pra disfarçar a ignorância, ela fica pensando “Confessa logo que você não sabe quem eu sou, seu mané!”.

Dito tudo isso, o que acontece conosco, acontece também com os outros. Muitas pessoas vão esquecer os nossos nomes, para tristeza dos nossos egos. Por isso, profissionalmente falando, a maneira ideal de abordar alguém, e principalmente alguém com um bom cargo, é começar dizendo o próprio nome. E, se for o caso, a circunstância em que conhecemos aquela pessoa. Aí, ela ficará aliviada por não ter sido submetida a uma pequena sessão de tortura, e vai nos tratar com uma deferência muito maior do que nos trataria.

Max Gehringer, para CBN.

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