2015-04-27

Quanto tempo significa 'em breve'? - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 27/04/2015, sobre o que significa "em breve" e outras expressões, no mundo corporativo.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

/===================================================================================

Quanto tempo significa 'em breve'?

esperando ampulheta

Uma ouvinte escreve: "Participei de um processo seletivo e o responsável me disse que ligaria em breve para me comunicar o resultado. Isso faz quase três semanas. Como esse seria o meu primeiro emprego e não estou familiarizada com a linguagem dos escritórios, pergunto quanto tempo significa 'em breve'?"

Boa pergunta. A linguagem corporativa não é muito diferente daquela que usamos em nossa vida cotidiana. Em ambas, quem não quer dar um prazo usa uma expressão temporal indefinida. É a mesma coisa que você dizer para alguém: "Vamos conversar um dia desses." Não é bem um compromisso assumido, é mais uma maneira simpática de dizer a outra pessoa que, se depender de você, não haverá conversa alguma.

No caso do 'em breve' que você ouviu, e de várias outras expressões amorfas que ainda ouvirá, assuma que um processo de uma só etapa, para uma vaga cujo ocupante não terá subordinados diretos, não leva mais que duas semanas. E para cargos gerenciais, não mais que dois meses. Portanto, a vida útil do 'em breve' já se esgotou no seu caso atual.

Se o responsável pelo processo lhe deixou um telefone ou e-mail para contato, ligue ou escreva. Mas não para perguntar se você foi ou não escolhida, porque quase com certeza você não foi. Mas faça o contato para reafirmar que você continua interessada na vaga, enfatizando que você gostou muito da empresa e das pessoas com quem conversou. Não vai resolver o problema imediato, mas deixará uma semente para um próximo processo, que como você já aprendeu, irá ocorrer em breve.

Max Gehringer, para CBN.


Nenhum comentário: