2015-10-07

'Sou criticado por não querer fazer horas extras' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 07/10/2015, com um ouvinte que é criticado por não querer fazer horas extras.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Sou criticado por não querer fazer horas extras'

horas extras

Um ouvinte pergunta: "Você poderia me explicar exatamente o que é 'comprometimento com a empresa'? Eu faço muito bem o meu trabalho durante o expediente, mas quando me recuso a estender o horário, porque estudo a noite e não quero perder aulas, o meu gerente me diz que não vou ter muito futuro aqui na empresa porque não sou comprometido. Então, estaria errado eu querer definir as minhas prioridades de vida?"

Não, está muito certo! E estudar deve figurar no topo da lista de prioridades. Agora, vamos tentar entender o que o seu gerente quis lhe dizer.

Comprometimento, como você sabe, vem de compromisso: algo que você concordou em fazer. Um contrato de trabalho é um compromisso assumido. Nele está escrito que você se dispõe a fazer o que a empresa precisa que você faça, desde que não seja algo que contrarie a legislação ou a ética. E a legislação permite horas extras até o limite de duas por dia.

O que você pode fazer é estabelecer um limite para o seu comprometimento. Quantos dias por mês você pode esticar o expediente, sem prejudicar os seus estudos? Nenhum dia daria razão a seu gerente. Três dias por mês, por exemplo, mostrariam que você é comprometido, mas que tem as suas prioridades.

Portanto, tudo é apenas uma questão de achar o equilíbrio entre as suas obrigações e os seus interesses. Obviamente, se for para ficar trabalhando até mais tarde sem ganhar hora extra, eu estou com você. Vá estudar, porque aí já não é comprometimento, é abuso.

Max Gehringer, para CBN.


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