2017-03-15

'Sondei o mercado para ganhar mais e só recebi propostas menores' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/03/2017, com um ouvinte que mandou currículos para outras empresas sondando o mercado de trabalho e só recebeu propostas com salários e benefícios menores do que ele tem atualmente.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Sondei o mercado para ganhar mais e só recebi propostas menores'

trabalhador frustrado

Um ouvinte escreve: "Estou há cinco anos na mesma empresa. É uma empresa grande, com bons programas de desenvolvimento e de relações humanas, mas eu não consegui deslanchar nela. Tive uma promoção no segundo ano, mas nos últimos três anos só recebi reajustes resultantes de dissídios.

Como tenho formação superior e vários cursos complementares e me mantenho atualizado com as mudanças tecnológicas, resolvi enviar currículos para outras empresas da região. Não para sair, mas para poder mostrar à empresa atual que eu teria condições de ganhar mais se saísse.

O resultado é que a minha frustração aumentou. As propostas que recebi foram todas para ganhar menos do que ganho e com menos benefícios do que tenho. Você poderia me ajudar a entender essa situação?"


Bom, o mais provável é que sua empresa esteja pagando salários acima da média do mercado da região em que ela está situada.

Nos últimos anos, ao final de um período de euforia no mercado de trabalho brasileiro, ocorreu um achatamento de faixas salariais. E isso nem sempre é percebido por profissionais que levam em conta apenas o próprio histórico salarial dentro da empresa em que trabalham.

Ao sondar o mercado, você teve uma noção de quanto as empresas estão pagando por uma função igual à sua. Isso deveria deixá-lo aliviado por estar bem empregado, mas eu entendo a sua frustração.

O que posso lhe sugerir é aguardar que essa crise passe e as empresas voltem a preencher as vagas que foram extintas, como já aconteceu no passado e vai acontecer de novo. Só não sabemos quando.

Max Gehringer, para CBN.


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